O próximo passo é dar-lhes uma alma, mas para já o mundo conta com um exército magnífico e superdotado de cerca de 7 milhões de humanóides. São os robots do século XXI e estão concebidos para serem os seus melhores amigos.
Gatinham ou correm, têm noção daquilo que os rodeia, sabem sorrir ou ficar tristes, ler nos olhos dos outros as expressões faciais e até conseguem abrir-lhe a porta do pendura ou controlar-lhe o ar condicionado do carro. Não são crianças nem bichos e gente não são certamente. São os robots do século XXI. Uma autêntica população de humanóides, que em 2007 chegava quase para defrontar, corpo a corpo, toda a população portuguesa – era então de 6,5 milhões (dos quais um milhão de robots industriais e 5,5 milhões de serviço). Mas estima-se que, em 2011, sejam 18,2 milhões, e nessa altura muitas pessoas se perguntarão se aqueles filmes de ficção que contavam a história dos robots que dominavam a Terra e submetiam os humanos não se tornarão um dia a realidade mais pura de todas. Os investigadores da área garantem que não. Os robots, dizem, chegaram para nos tornar a vida mais fácil e fazer, de forma mais eficiente, tarefas difíceis para os humanos. Podem servir de vigilantes, seguranças, criados e tudo o mais que a nossa imaginação seja capaz de alcançar. Para isso, basta que sejam programados e desenvolvidos para tal. Desde sempre que os homens tentaram inventar máquinas que lhes facilitassem a vida. Hoje, não são mais essas máquinas que inspiram os investigadores, antes se pretende tentar que elas se pareçam cada vez mais com nós próprios e suprimam falhas que a condição humana não permite.
E já imaginaram como será o mundo quando, em vez de um Cristiano Ronaldo, tivermos, na mesma equipa, 10 ou 11 craques a lembrar o dream team do novo Real Madrid, sem que para isso tenhamos que pagar 94 milhões de euros pela aquisição? O investigador japonês Minoru Asada acredita que, em 2050, será possível defrontar uma selecção de robots no campeonato do mundo. Vamos esperar que ninguém os programe para jogarem tão bem como o nosso “puto-maravilha” ou então, em vez de gritarmos aos nossos heróis de carne e osso o hino nacional quando vencem um jogo, estaremos a entoar cânticos de louvor a uma selecção de humanóides que fintam como o Maradona e driblam como o Messi. (…)