RED BULL CLIFF DIVING

Kris KolanusREGRESSO ÀS ORIGENS

Os Açores receberam, pelo sexto ano consecutivo, uma etapa do Red Bull Cliff Diving World Series. Disputada em São Miguel, a segunda etapa desta competição ficou marcada pelos magníficos saltos a partir das rochas vulcânicas. Atletas e aficionados da competição puderam usufruir de um local magnífico e nós também marcámos presença.

Evocando as origens de uma modalidade nascida no Havai, há mais de 200 anos, o ilhéu de Vila Franca do Campo recebeu, recentemente, a segunda etapa de 2017 do Red Bull Cliff Diving World Series. O regresso aos Açores aconteceu pelo sexto ano consecutivo e provocou grandes emoções, tanto com os saltos a partir das plataformas de 27 e 21 metros, como com os saltos diretamente das rochas. Com a competição a ter lugar, pela primeira vez, ao longo do fim de semana, as primeiras rondas decorreram no sábado e as finais no domingo. Destacando-se pelas suas paisagens selvagens e intactas, o ilhéu de Vila Franca do Campo – situado na ilha de São Miguel, a menos de um quilómetro da cidade com o mesmo nome – foi o único destino da temporada onde os atletas tiveram a oportunidade de saltar diretamente das rochas, um desafio que evoca as origens da modalidade e que vem acrescentar um patamar de dificuldade adicional. Esta é sempre uma das etapas mais aguardadas quer pelos seguidores, quer pelos atletas, pois é a única em que há cliff diving diretamente das rochas. Por tudo isto, o arquipélago situado no meio do oceano Atlântico tem sido palco de grandes performances e de saltos memoráveis ao longo dos anos.

A competiçãoUnknown

Os 22 atletas, de nove países, que participaram nesta etapa realizaram os mais complexos e exuberantes saltos da modalidade proposta pela FINA – Federação Internacional de Natação – para os Jogos Olímpicos de 2020. Depois da saída da plataforma de 27 (masculinos) ou 21 metros (femininos) – ou diretamente da rocha de uma altura idêntica – o encontro com as águas do oceano dá-se em menos de três segundos, correspondendo a uma aceleração próxima da registada por um Fórmula 1, o que se revela verdadeiramente impressionante e quase impossível de reproduzir. Não é que tivéssemos coragem para tal! O colombiano Orlando Duque, de 42 anos, e a mexicana Adriana Jimenez, de 32, foram os vencedores da etapa portuguesa. Embora os dois não tenham partido como favoritos, uma vez que os lugares da liderança eram ocupados pelo mexicano Jonathan Paredes e pela australiana Helena Merten, a verdade é que brilharam nos rochedos do ilhéu de Vila Franca do Campo. A prova contou com quatro rondas e os atletas foram somando pontos atribuídos pelo júri, que avaliava a dificuldade e a técnica dos atletas. Terminada a prova portuguesa, com a promessa de regresso em julho de 2018, o Red Bull Cliff Diving World Series segue agora para Itália, em Polignano a Mare. No calendário deste ano está previsto um total de seis etapas, entre junho e outubro, sendo que depois das provas irlandesa, portuguesa e italiana, os atletas fazem um périplo pelos Estados Unidos da América, Bósnia e Herzegovina e Chile.