COMPETIÇÃO LENDÁRIA
O britânico Paul Bonhomme fez história ao vencer o título de 2015 da Red Bull Air Race World Championship, tornando-se assim no mais bem-sucedido piloto de todos os tempos. Numa final emocionante em Las Vegas, o seu mais direto rival – o australiano Matt Hall – acabou por vencer a etapa, um esforço que não chegou para suplantar o agora tricampeão. O austríaco Hannes Arch ficou com o bronze.
Espelhando a trajetória da época, a derradeira etapa da Red Bull Air Race World Championship colocou frente a frente dois pilotos com percursos muito diferentes. Por um lado o australiano Matt Hall representava a melhor linhagem da aviação militar, transpondo para a pista toda a agressividade que o caracterizou enquanto Top Gun condecorado da Royal Australian Air Force. Hall foi de longe o mais regular da temporada, mas não dependia apenas de si para chegar ao título, e mesmo com uma brilhante vitória em Las Vegas (Estados Unidos da América) a festa acabou por ser britânica. O segundo lugar na derradeira corrida do ano bastou a Paul Bonhomme – um piloto comercial que é hoje em dia comandante de 747 – para cantar vitória e fazer história, reforçando as suas credenciais com o terceiro título mundial. Mais de 20 mil espectadores acompanharam de perto cada manobra dos ases dos ares, culminando com o duelo final entre Hall e Bonhomme. Depois de 2009 – ano em que o campeonato passou por Portugal – e de 2010, este título de 2015 é o coroar de uma carreira que permite ao britânico assumir o estatuto do mais bem-sucedido piloto de todos os tempos, com um total de 19 vitórias em 66 corridas disputadas. Mas nem tudo correu de feição a Bonhomme, a quem bastava apenas um 6.º lugar para celebrar o título – problemas mecânicos colocaram-no em suspenso mesmo antes da final, acabando no entanto por ser ultrapassados pela sua equipa.
Uma trajetória notável
Da Fórmula 1 para o circuito NASCAR. Foi assim a passagem da Red Bull Air Race World Championship do Velho Continente para os Estados Unidos da América, com os circuitos automóveis a servirem de base para a mais importante competição do desporto aéreo mundial – a única disputada sob a égide da Federação Internacional de Aeronáutica (FAI). Depois de passar por Emirados Árabes Unidos, Japão, Croácia, Hungria, Grã-Bretanha e Áustria, a competição rumou ao outro lado do Atlântico para as duas últimas etapas da temporada.