PROENÇA-A-NOVA

PEPAprotocoloProença4Abril2014 (39)ENCURTAR DISTÂNCIAS PARA O EMPREENDEDORISMO

Mesmo a vários quilómetros de distância, Lisboa e Proença-a-Nova estão agora mais próximas do que se pode imaginar, tudo graças a um protocolo assinado recentemente.

Lisboa e Proença-a-Nova ficaram mais próximas, numa cerimónia onde se selou um acordo de cooperação que pretende facilitar a cedência de espaço industrial a empresas integradas na rede de 11 incubadoras da capital. António Costa juntou-se a João Paulo Catarino num projeto comum e foi criado um acordo de cooperação que visa a instalação de empresas no Parque Empresarial de Proença-a-Nova (PEPA) e potenciar os contactos entre as incubadoras dos dois concelhos. O protocolo assinado entre os dois municípios prevê que as empresas da Rede de Incubadoras de Lisboa interessadas em fixar-se no PEPA possam beneficiar das condições de alienação e arrendamento previstas para as empresas sedeadas no concelho de Proença-a-Nova. Durante a cerimónia, teve ainda lugar a apresentação do projeto Inova Startup Proença, que irá fazer a gestão do espaço e que conta já com a mais-valia de integrar uma empresa que passou pela incubação em Lisboa.

Experiência adquiridaPEPAprotocoloProença4Abril2014 (17)

A Startup Lisboa nasceu com a preocupação de reocupar a Baixa “sem repetir os erros do passado”, como explicou o presidente da Câmara, António Costa. Este recordou que depois de anos em que se centraram na criação de infraestruturas, as câmaras estão agora obrigadas a dar prioridade ao desenvolvimento económico e à capacidade de gerar emprego e riqueza. O autarca sublinhou também que a capital tem neste processo uma “particular responsabilidade”, como plataforma de ligação a outros mercados no mundo. A primeira parceria da Startup Lisboa com outros municípios foi com a indústria do vidro, na Marinha Grande, e Proença-a-Nova é “mais um passo na estratégia de procurar complementaridade”. Uma estratégia aplaudida pelo presidente, João Paulo Catarino, que destacou o simbolismo da atenção dada ao interior do país, provando que “Lisboa não quer ser uma capital forte de um país fraco”, mas, pelo contrário, quer “promover a coesão territorial”. João Paulo Catarino criticou, ainda, o aumento das assimetrias entre os territórios mais ricos e mais pobres e “o desprezo a que foi votado o interior do país”.

Proença-a-Nova contará desde já na sua start up local com uma das incubadas na congénere de Lisboa. A Lisbon Riders é uma empresa ligada ao setor do Turismo (passeios e roteiros), que agora se prepara para abrir novos caminhos de negócio no interior. Por seu turno, Lisboa, mais precisamente o Largo do Intendente, assistirá em breve à abertura de uma loja de produtos regionais de vários concelhos de Portugal, inclusive o de Proença-a-Nova. Nuno Leitão, um dos agentes dinamizadores da Startup Proença, explicou que o projeto se baseia num “triângulo mágico” entre agentes, parceiros (banca, seguros e outros setores) e mentores. Estes últimos são convidados a estabelecer uma ligação próxima dos incubados, como “referência profissional e criativa”. “Beber da extraordinária referência que é a Startup Lisboa” e “usar Lisboa para abrir portas para outros mercados” são algumas das estratégias apontadas para que o empreendedorismo dê frutos em Proença-a-Nova.