Sempre muito ligado à arte de fotografar, João Cupertino mostrou, desde cedo, o seu interesse pela fotografia. Contudo, foi através da sua outra paixão, a música, que despertou verdadeiramente para a fotografia e para o retrato.
João Cupertino nasceu em Lisboa, onde frequentou os cursos de Direito e de Línguas e Literaturas Modernas da Universidade Clássica de Lisboa. Concluiu o curso de Fotografia no IADE, seguindo depois para o Spéos Institute, em Paris, onde continuou a estudar fotografia e onde foi assistente do fotógrafo Michel Vernet. Foi editor de fotografia da revista Valor, entre 1991 e 1997, do jornal Académico, entre 1993 e 1994, da revista PM – Política Mesmo, entre 1997 e 1998, e consultor de Fotografia do grupo Euronotícias entre 1999 e 2003. Em 1996, decidiu abrir um estúdio próprio e desde então tem colaborado com diversas publicações nacionais e conta com vários trabalhos publicados no estrangeiro. Desde cedo que este profissional ganhou o gosto pela fotografia, porém, foi graças à música, a sua outra paixão, que aprendeu a gostar realmente da fotografia e do retrato. “No início dos anos 80, com o movimento do rock português, comecei a tocar guitarra em algumas bandas e era preciso fazer fotos dos músicos e das bandas. Essa tarefa acabou por recair sobre mim, pois tinha uma máquina reflex de 35 mm, alguma experiência a fotografar e sobretudo muitas noções de enquadramento e perspetiva”, recorda. Para João Cupertino, é muito importante estar concentrado “no olhar e no sentir” enquanto fotografa. Para isso, tal como revela, “é necessário dominar a técnica e o equipamento, de forma a que sejam uma extensão natural do fotógrafo e não uma barreira entre o fotógrafo e o seu objeto fotográfico”, conclui.
Para além da área editorial e de moda, João Cupertino tem trabalhado em áreas como a fotografia publicitária e institucional, para clientes como a Nike, a Deloitte, a Siemens, a Nokia, a TMN, a PT, a Sonae e a BP, entre outros. Paralelamente, e ao longo dos anos, tem também desenvolvido trabalho de autor, contando já com várias exposições em nome individual. Dono de um estilo muito próprio, que dá a conhecer um pouco da sua grande paixão pelo cinema e pela pintura, assegura que não segue nenhuma tendência, já que, tal como revela, o seu trabalho tem acompanhado a sua “evolução pessoal e profissional”. Contudo, não pode deixar de referir nomes como Yousuf Karsh, Annie Leibovitz ou Helmut Newton, fotógrafos que muito admira.