EXCELÊNCIA CIENTÍFICA E FORMAÇÃO
O Instituto Gulbenkian de Ciência é um instituto líder em investigação biomédica e formação pós-graduada, que se dedica, maioritariamente, à excelência científica e à formação de uma nova geração de líderes científicos.
Estabelecido pela Fundação Calouste Gulbenkian, em 1961, e ainda generosamente financiado pela mesma fundação, o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) distingue-se de outros institutos de investigação pela oportunidade que dá a jovens investigadores de adquirirem independência científica total nas suas carreiras. Com quatro missões principais – identificar, educar e incubar novos líderes científicos, disponibilizando serviços de ponta e total autonomia científica e financeira, no desenvolvimento dos seus projetos; exportar líderes científicos para outros institutos de investigação ou universidades, em Portugal e no estrangeiro; desenvolver programas internacionais de ensino pós-graduado; promover a cultura científica e a difusão dos valores da ciência na sociedade, bem como a participação ativa da sociedade na investigação científica, através do diálogo direto com o público –, o IGC ofereceu um ambiente intelectualmente estimulante a 80 grupos de investigação, que conseguiram, em grande parte, financiamento externo. Cerca de metade destes grupos transferiu-se para outras instituições de acolhimento (institutos de investigação e/ou universidades), maioritariamente em Portugal. Estes jovens investigadores deram importantes contribuições, nomeadamente para a compreensão de doenças infeciosas e autoimunes, resistência a antibióticos, cancro, envelhecimento e genética.
Captação de financiamento
Os investigadores que fazem parte do IGC têm sido bem-sucedidos na captação de financiamento externo de agências nacionais (Fundação para a Ciência e Tecnologia, FCT) e internacionais, incluindo o Howard Hughes Medical Institute, o Human Frontier Science Program, a Fundação Bill & Melinda Gates e o Conselho Europeu de Investigação. Jonathan Howard, atualmente professor no Institute for Genetics da Universidade de Colónia, assumiu o cargo de diretor do IGC a 1 de outubro de 2012, sucedendo a António Coutinho, que o dirigia desde 1998. O instituto irá manter, em grande parte, a sua estrutura inicial, dedicando uma parte significativa dos seus recursos ao apoio de jovens investigadores de excelência em início de carreira como investigadores independentes. O IGC procurará também recrutar cientistas seniores que assegurem a continuidade e a reputação científica do instituto.
Investigação no IGC
Os investigadores do IGC estão empenhados em alcançar excelência em estudos de sistemas complexos, como desenvolvimento, imunidade e evolução. A investigação no IGC engloba estudos ao nível molecular, celular, do organismo e populacional. Os programas de investigação privilegiam abordagens centradas no organismo, maioritariamente em modelos experimentais (leveduras, plantas, vermes, moscas, peixes-zebra e ratinhos), e inclui aspetos de doenças humanas complexas, biologia computacional, bioinformática e biologia teórica. Atualmente, o IGC acolhe 43 grupos de investigação internos. Outros 29 grupos desenvolvem a sua investigação como grupos associados, localizados em institutos e centros de investigação fora do IGC mas mantendo uma forte colaboração científica com os grupos internos e utilizando os serviços do IGC.