PARTICIPAÇÃO NACIONAL
As empresas portuguesas ISQ e Critical Software vão participar na construção do European Extremely Large Telescope (E-ELT), o maior telescópio ótico do mundo, do Observatório Europeu do Sul (ESO).
O European Extremely Large Telescope (E-ELT) é uma das grandes apostas do ESO – a organização intergovernamental europeia com 15 países-membros, incluindo Portugal, e que tem sede na Alemanha. A sua construção vai iniciar-se em 2016 e, em 2024, quando estiver terminado, o E-ELT terá um espelho de 40 metros de diâmetro, composto por 798 espelhos hexagonais com 1,4 metros de diâmetro e 5 cm de espessura. O telescópio irá ser erigido a 3060 metros de altitude no monte Armazones, no Norte do Chile, e custará 1083 milhões de euros (a preços de 2012). A construção destes grandes instrumentos é feita por concursos em que instituições ou empresas dos países-membros que integram o projeto se candidatam para produzir peças ou para assegurar outros aspetos importantes do processo, como a verificação de software ou de materiais. As duas empresas portuguesas que vão participar na construção deste telescópio vão ganhar ao todo “perto de 1,5 milhões de euros”, de acordo com o comunicado da FCT (Fundação para a Ciência e a Tecnologia), para “análise de requisitos de software”, no caso da Critical Software, e a “verificação de materiais”, no caso do ISQ. A Critical Software, que trabalha na área do software, foi uma das 13 empresas de seis países que se candidataram para “a análise de requisitos de software dos sistemas de controlo do telescópio e a preparação e execução de testes manuais e automáticos”, ganhando o concurso. Já o ISQ, que fornece serviços de inspeção e ensaio na área da engenharia, irá “assegurar tarefas como a verificação de materiais, peças e produtos finais”. Na realidade, fará o controlo de qualidade de algumas das estruturas que vão integrar o telescópio. O trabalho das duas empresas será de extrema importância durante a montagem, a integração e a verificação do telescópio. O E-ELT terá capacidade de obter 13 vezes mais luz do que os maiores telescópios óticos existentes e produzirá imagens 16 vezes mais nítidas do que o telescópio espacial Hubble, explica o comunicado da FCT.