Ponto de encontro entre duas culturas, o ensino em Macau sempre conheceu dificuldades acrescidas. Existindo a par do cantonês, o ensino da língua portuguesa é, hoje, uma realidade na Escola Portuguesa de Macau.
Com o aproximar da transferência de soberania de Macau para a República Popular da China, no dia 20 de Dezembro de 1999, os estabelecimentos de ensino e secções escolares de língua portuguesa, tais como a do Colégio de Santa Rosa de Lima, a Escola Primária Oficial Pedro Nolasco da Silva (Central), o Colégio D. Bosco, o Liceu de Macau e a Escola Comercial Pedro Nolasco, foram todos extintos um a um, sendo os seus alunos transferidos para a Escola Portuguesa de Macau. Em 1998, esta constituíase como herdeira das ilustres instituições de ensino de língua portuguesa. A primeira pedra da escola foi lançada em 18 de abril de 1998, numa cerimónia presidida pelo então primeiro-ministro, António Guterres, que contou com a presença, entre outras individualidades, do ministro da Educação, Marçal Grilo, do então governador de Macau, general Vasco Rocha Vieira, e do presidente da Fundação Escola Portuguesa de Macau, Roberto Carneiro. Em termos de resultados, a Escola Portuguesa de Macau – a única do território a oferecer currículos semelhantes aos de Portugal, do 1.º ao 12.º ano de escolaridade – é a exceção à regra, no conjunto de escolas que servem alunos nacionais e estrangeiros em sete países e territórios de língua portuguesa. Grande parte dos alunos são, como não poderia deixar de ser, portugueses e macaenses, havendo também alunos chineses de Macau, de Hong Kong e da China continental; alunos lusófonos de Angola, Moçambique,Cabo Verde, Brasil e Timor-Leste; alunos de países asiáticos próximos de Macau, como Filipinas e Tailândia; alunos dos Estados Unidos da América, da Rússia, da Noruega e de outros países europeus.
Apostando numa mistura entre o antigo e o moderno, a Escola Portuguesa de Macau opta por um estilo funcional e prático, oferecendo as suas instalações total conforto aos alunos. Dotada das mais recentes tecnologias, a escola dispõe de quadros interativos nas salas de aula e do mais moderno equipamento em termos de audiovisuais e informática. Os laboratórios permitem a execução de variadas experiências, e a biblioteca, juntamente com a Sala de Leitura Infante D. Henrique, está apetrechada das mais recentes publicações. O ginásio, que conta com ar condicionado e com todos os equipamentos necessários, permite a prática da Educação Física nas melhores condições. Já o auditório, com capacidade até 100 pessoas, é muito utilizado em festas escolares e celebrações.