“O CINEMA É A MINHA VIDA!”
Paulo Trancoso, o presidente da Academia Portuguesa de Cinema, falou, em entrevista à FRONTLINE, sobre a primeira exposição de cartazes do Cinema Português, que decorrerá até 30 de novembro, em espaços emblemáticos da cidade de Lisboa. A exposição conta com o apoio institucional da Cinemateca Portuguesa, do Instituto do Cinema e do Audiovisual, da Câmara Municipal de Lisboa, da Sociedade Nacional de Belas Artes e do Hotel Tivoli Lisboa.
Como surgiu a ideia de lançar uma exposição de cartazes do Cinema Português?
A oportunidade surgiu graças ao Ano do Cinema e do Audiovisual e a ideia foi reunir e homenagear aquele elemento que nos dá, muitas vezes, a primeira impressão ou ideia de um filme: o cartaz cinematográfico.
Em que consiste exatamente a exposição e quantos cartazes vão estar expostos?
A exposição foi concebida como se de uma viagem se tratasse. Do início do Cinema Mudo, na Cinemateca, atravessa-se para o Cinema Sonoro, na Sociedade Nacional de Belas Artes. Descendo a avenida, existirá um conjunto de mupis que mostram cartazes de filmes atuais de cineastas diferentes. Haverá ainda lugar para dois núcleos especiais para os cartazes dos filmes de Manoel de Oliveira, na Cinemateca, e de José Fonseca e Costa, no términus da viagem, no Hotel Tivoli.
Quem detinha o acervo destes cartazes?
A Cinemateca Portuguesa, mas também o Instituto do Cinema e do Audiovisual. Alguns dos exemplares eram também de coleções particulares.
Para além da exposição, que outras atividades paralelas vão acontecer?
Esperamos lançar um livro/catálogo ainda em novembro e haverá visitas guiadas para as escolas.
Pode fazer-nos um balanço das atividades mais significativas da Academia Portuguesa de Cinema nos últimos dois anos?
Foram muitas, mas destaco a instituição dos Prémios Sophia Estudante, o Troféu Bárbara Virgínia, os EFA Young Audience Awards, a exposição Troféus das Academias de Cinema do Mundo, a iniciativa Passaporte, As Noites de Ouro e principalmente a continuação da noite anual da atribuição dos Sophia na Gala da Academia.
Que outras iniciativas estão previstas para o próximo ano?
A exposição e lançamento de um livro de retratos dos membros da Academia, da autoria de José Pinto Ribeiro, e a continuação dos EFA Young Audience Awards, bem como a iniciativa Passaporte. A 22 de março realizam-se os Prémios Sophia. Está também em estudo uma exposição, em conjunto com o Museu da Publicidade e a Cinemateca, sobre a obra de Raul de Caldevilla.
Foi jornalista, publicitário, produtor, coprodutor de filmes estrangeiros e fundador de várias associações ligadas ao cinema e à publicidade. O que é que ainda lhe falta fazer?
Muita coisa! Tanta coisa!
O que é para si o cinema?
O cinema é a minha vida!