“BEETHOVEN: BELEZA À BEIRA DO ABISMO”

H92C3679CICLO DE MÚSICA BARROCA

O terceiro concerto do ciclo “Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie” apresentou o pianista Arthur Schoonderwoerd com “Beethoven: Beleza à Beira do Abismo”.

Apresentado pela Parques de Sintra e pelo Divino Sospiro – Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal (DS-CEMSP), as “Noites de Queluz – Tempestade e Galanterie” são um ciclo de música barroca composto por oito concertos. Neste recital de pianoforte, em que viajámos até à Viena do final de Setecentos e início de Oitocentos, foram abordadas quatro obras da primeira fase da produção pianística de Ludwig van Beethoven – compostas entre 1798 e 1802 – e que coincidem com a altura em que o pianoforte se impõe de forma definitiva face ao cravo. No recital foram tocadas obras que não só precederam a descoberta por parte de Ludwig van Beethoven da irreversibilidade da sua gradual surdez – facto que explicará o “Testamento de Heiligenstadt” – como outras dos anos que precederam a extensão das Guerras Napoleónicas à escala europeia. Daí o título do concerto: “Beethoven: Beleza à Beira do Abismo”.

O artista: Arthur SchoonderwoerdLD__0255

Arthur Schoonderwoerd é um dos mais reconhecidos fortepianistas da sua geração. As suas áreas de interesse especial incluem a interpretação de música para piano dos séculos XVIII e XIX, o repertório deste período, bem como o estudo dos vários instrumentos de teclado desta época. O fortepianista realizou já concertos a solo em todo o mundo e dedica igualmente o seu tempo à música de câmara e ao repertório de Lied. Atua frequentemente com cantores de renome, tais como Johannette Zomer, Hans Jörg Mammel, Sandrine Piau, Isabelle Druet, Jan Kobow, David Wilson Johnsen e Mark Padmore, e com músicos como Eric Hoeprich, Jaap ter Linden, Barthold Kuijken, Wilbert Hazelzet, Miklos Spányi, François Leleux e Marcel Ponseele. Dirige e atua com a sua orquestra, Cristofori, explorando e iluminando o repertório para piano e orquestra no seu estilo próprio e único.