O coração da Baviera tem de ser continuamente descoberto. Passo após passo, os pequenos detalhes de Munique rendem-se a uma dança entre os traços da tradição e o arrojado olhar para a prosperidade sem nunca perder os seus encantos.
O tempo é um requisito obrigatório para se conhecer pormenorizadamente o coração da Baviera. E, embora Munique tenha sido parcialmente destruída na Segunda Guerra Mundial, renasceu e tornou-se a terceira maior cidade da Alemanha e uma das mais belas. Num misto de tradição e modernidade, passear por Munique é viajar na história da Arquitectura. Desde a Igreja Frauenkirche, desenhada pelas suas torres gémeas e abóbadas esverdeadas, a edifícios barrocos, góticos, neoclássicos, como o palácio de Ludwig I, até às linhas da Arte Nova, como é exemplo a fachada do Pacelli Palais, Munique transpira arte neste verdadeiro museu a céu aberto. É nesta simbiose perfeita que toda a cidade interage com os seus elementos contemporâneos e históricos, que se espelham nas pequenas ruas e pracetas de fachadas envidraçadas ou nos ditos edifícios clássicos que sumptuosamente emergem no seio do design. O rio Isar divide a cidade. Do seu lado esquerdo encontra-se o núcleo turístico indispensável: uma zona quase exclusivamente pedestre, onde se contemplam os principais edifícios turísticos, restaurantes, comércio local e exposições. Na praça de Marienplatz, reúnem-se centenas de pessoas para apreciarem o Glockenspiel que pontualmente às 11, 12 e 17 horas, durante oito minutos, faz os bonecos de madeira dançar ao som dos 43 sinos que baloiçam uma verdadeira sinfonia e protagonizam grandes momentos históricos, como o fim da peste em 1517, ou o casamento real de Wihelm V e Renata von Lothringen, em 1568. Apesar de um número considerável de habitantes, a rondar os 1,4 milhões na área metropolitana, facilmente o ambiente tranquilo absorve os transeuntes e turistas que vagueiam neste ritmo cosmopolita, seja nas suas grandes avenidas, como Maximilianstrasse, ou nas ruas mais singelas onde os pequenos detalhes da vida corriqueira completam a curiosidade de quem passa. Contudo, para se encontrar a verdadeira tranquilidade, somente se consegue no Englischer Garten, onde o verde pinta um dos maiores parques da Europa. Construído em 1789, neste espaço é possível passear de barco e em carruagens, percorrer trilhos, e ainda desfrutar de uma enorme cerveja, que irá, certamente, refrescar o passeio. (…)