Londres é uma das maiores cidades do mundo e orgulha-se das suas fortes tradições, tal como o conhecido e muito apreciado “Chá das Cinco”. Mas mesmo atractiva em qualquer altura do ano, no Natal a capital britânica ganha uma nova vida.
Londres foi fundada pelos Romanos no século I, quando estes ocuparam a praça celta de Londinium e a transformaram num porto de embarque de minerais e cereais. Tal facto levou ao desenvolvimento de uma região agrícola e industrial próspera. A construção da ponte sobre o rio Tamisa, no ano 50 d. C., possibilitou a criação de um importante centro de comunicações, comercial e administrativo. No século II foi amuralhada e, mesmo com a queda do Império Romano, manteve a mesma actividade económica até ao século IX, quando foi arrasada pelos Vikings. Só no reinado de Eduardo, iniciado em 1042, conseguiu a estabilidade e a autonomia política necessárias. Em 1348 foi assolada pela peste negra, que vitimou quase metade da população, voltando a florescer económica e culturalmente anos mais tarde, durante a partida das embarcações para a América e para a Índia em busca de riquezas. Foi nesta altura que surgiram importantes personalidades, como o dramaturgo W. Shakespeare. Mais do que uma das maiores cidades da Europa, Londres é um ponto de referência histórico e cultural do mundoe desperta a curiosidade de muitos turistas. Desta forma recebe todos os anos várias pessoas que a pretendem descobrir.
Facilmente nos identificamos com Londres, uma vez que por todo o mundo abundam imagens típicas desta capital. Dos autocarros vermelhos aos táxis pretos, passando pelo render da guarda do Palácio de Buckingham e pelo Big Ben, há sempre, em algum sítio, algo alusivo a este local. Graças à orientação de Ken Livingstone – o primeiro presidente da câmara independente, eleito em 2000 – o centro das atenções é actualmente o rio Tamisa. Entre as atracções que se espalham ao longo da margem, destacam-se a galeria de arte Tate Modern – que deu vida a uma central eléctrica moribunda e que recebe, durante todo o ano, importantes exposições de arte –, a cintilante Ponte Hungerford e a arrojada Torre Swiss Re, que se tornou um dos ícones do céu de Londres, não apenas pela sua audácia estética como pela adopção de soluções de vanguarda do ponto de vista ambiental, tecnológico, arquitectónico e social. Cada uma destas estruturas é um exemplo perfeito da requalificação urbana e da constante preocupação com as zonas mais velhas e degradadas. Elevando-se no céu a 135 metros de altura, na margem direita do Tamisa, o London Eye é uma atracção imperdível. Também conhecida por Milenium Wheel, esta enorme roda de observação proporciona vistas arrebatadoras que num dia sem nuvens se estendem por 40 km. Os visitantes têm direito a uma volta completa, que dura cerca de trinta minutos, e podem observar alguns dos principais ícones londrinos, nomeadamente os edifícios do Parlamento, a Catedral de São Paulo e a Torre Swiss Re. O London Eye foi concebido como um projecto de curto prazo, todavia, graças ao seu enorme sucesso, tende a eternizar-se. O tecto de vidro vanguardista de Sir Norman Foster, que foi acrescentado ao “Grande Pátio” do Museu Britânico em 2000, é outro exemplo da determinação da cidade em libertar-se da sua imagem tradicional e reinventar-se. Impregnada de história e cultura, Londres é também muito conhecida pelos seus espaços verdes, que incluem os magníficos jardins de St. James’ Park, Regent’s Park (onde se situa o Zoo) e Hyde Park (onde se ergue o Palácio Kensington). Estes espaços são normalmente animados, nos meses de Verão, por diversos concertos ao ar livre. Ao fim-de-semana, os parques enchem-se de londrinos ansiosos por se libertarem das tensões da vida profissional através do contacto com a Natureza.
Albergando cerca de 37 comunidades de imigrantes, Londres é verdadeiramente um “melting pot”. A diversidade étnica da população é bastante evidente na abundância ecléctica de restaurantes, onde existe de tudo, desde cozinha francesa, tailandesa, malaia, vietnamita e indiana, até às gastronomias regionais de todo um país em Chinatown. Fora do centro, esta diversidade é também visível nas diversas “aldeias”, como o bairro verdejante de Richmond, à beira-rio, o recorte futurista de Dockland, a leste, e o boémio Soho.