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José Pedro Aguiar-Branco“25 DE ABRIL: 40 ANOS DEPOIS JÁ NÃO SOMOS UMA JOVEM DEMOCRACIA”

O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, foi o orador convidado de mais um almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal. No seu discurso subordinado ao tema “25 de Abril: 40 anos depois já não somos uma jovem democracia”, o ministro congratulou-se por haver, finalmente, uma escolha alternativa nas legislativas deste ano e com o facto de o sistema partidário luso não ter cedido ao “refluxo demagógico” de movimentos “anarquizantes” como o espanhol Podemos ou o grego Syriza. O membro do Executivo da maioria PSD/CDS-PP sublinhou que agora “os portugueses podem escolher muito bem entre dois projetos”, frisando que, em 2015, “há uma taxa de crescimento com tendência de revisão em alta, as exportações mantêm o nível e o défice e o desemprego também têm tendência a baixar”, e há que “escolher entre seriedade, realismo e aposta na sustentabilidade nas contas públicas e no crescimento”. Quanto à possibilidade de uma aliança entre PSD e PS, Aguiar-Branco manifestou a sua discordância. “Não concordo. Temos já uma democracia madura. A responsabilidade deve ser clara entre quem governa e a oposição. Numa lógica de bloco central de governação há tendência para crescerem os extremos e, ao crescerem os extremismos, estamos a prejudicar a qualidade da nossa democracia”, referiu. Aguiar-Branco afirmou ainda que é necessário “um segundo mandato para consolidar o que se fez e está a resultar, com a mesma visão de futuro” e “afastar a frustração e a depressão de vez”.

António Carmona Rodrigues e António SaraivaNuno Saraiva, Carlos Maurício Barbosa e Abel LinJosé Pedro Aguiar-Branco e Manuel RamalhoJosé Pedro Aguiar-Branco, Manuel Ramalho e Berta Cabral